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Dez anos depois, ela voltou…


Para resumir bem a história, há exatamente 10 anos, em 2003, eu resolvi dar um rumo na minha vida e começar a fotografar. Era mês de março e eu não sabia nem mesmo como tirar uma foto no automático, nem câmera eu tinha.

A princípio consegui uma webcam emprestada e com a qual fiz meus primeiros cliques. Ela se assemelharia as atuais Go Pro, pelo formato e tamanho, mas sem nenhuma referência em qualidade de imagem e funcionalidade. Após vender algumas coisas em casa e com ajuda do meu pai consegui comprar uma pequena Kodak, essas digitais conhecidas como saboneteiras, que qualquer um usa.

Poucos meses se passaram e continuando a vender minhas coisas, como também a Kodak, consegui comprar minha primeira câmera digital de maior porte e qualidade para a época, se tratava de uma Sony Mavica FD97. As Mavicas eram famosas naquela época, pois ajudaram a difundir as câmeras digitais e eram consideradas as top do mercado por um tempo.

 Com essa Mavica, fiz minhas primeiras viagens como fotógrafo, cobrindo campeonatos de skate e como fotógrafo da extinta marca Maha. Aliás, foi com ela que fiz a minha primeira foto impressa em uma revista. Era um anúncio da própria Maha na Revista Tribo Skate, com um Flip sobre um carrinho de mercado do Danilo do Rosário.


Ainda em 2003 vendi a Mavica para o Marcos Bollmann, grande incentivador do skate nacional e um cara que desde aquela época me ajudava a dar os primeiros passos na minha carreira. Vendi a Mavica para comprar minha primeira Reflex Digital, uma Nikon D70. 

Bom, de lá pra cá troquei diversas vezes de câmera, sempre optando por modelos da Nikon, acompanhando da melhor forma possível a evolução de qualidade da fotografia digital.

Por mais que eu tenha contato direto com o Marcos, que sempre conversamos, nunca havíamos entrado no assunto da Mavica e, por fim, tinha até me esquecido dela.

Mas, por uma surpresa, no último sábado o Marcos resolveu me presentear e me devolver a Mavica. Ele já havia dito há alguns meses sobre essa surpresa, mas nunca nos encontrávamos. Mais ainda do que ter a minha primeira câmera de volta, foi constatar que ela ainda funciona.


O Marcos, apesar de ter me presenteado, pode não ter a mínima noção do que representa ter essa câmera de volta em minhas mãos, do que isso representa para minha história e do quanto me dá força para lutar em cada batalha que é ser fotógrafo, ainda mais de continuar a fotografar o que mais amo, que é skate. 

Obrigado Marcones, esse foi o melhor presente que eu poderia ter recebido, principalmente nesse ano que representa minha primeira década como fotógrafo, os primeiros 10 anos de um sonho de vida!

Respeito total!

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