Alguns meses atrás fui convidado pelo meu amigo e diretor de cinema, Fabrício Bittar ( o mesmo diretor das viagens que fazíamos com o pessoal da Bolovo para a MTV), para fazer algumas fotos de um novo filme que ele iria dirigir, Os Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro, mais uma produção de Danilo Gentili (Elenco: Bárbara Bruno, Dani Calabresa, Danilo Gentili, Digão Ribeiro, João Paulo Campos, Léo Lins, Matheus Ueta, Murilo Couto, Pietra Quintela, Ratinho, Sikêra Júnior). Algum tempo atrás o Fabrício já tinha me chamado pra fazer as fotos de um outro filme do Gentili (Como se tornar o pior aluno da escola), mas por questões de agenda não pude acompanhar nenhuma das diárias.
Quando o Fabrício me convidou novamente, falei que fazia questão de fazer as fotos e organizaria a agenda da melhor maneira que eu pudesse acompanhar o maior número de cenas, visto que estava em Curitiba e o filme estava sendo rodado próximo a São Paulo e, na maioria das diárias, por toda a madrugada.
Pois bem, fui lá eu pra Santo André passar algumas madrugadas em meio a muito sangue, café e ao lado de diversos profissionais dedicados para entregar o melhor material possível. Fiquei feliz demais ao ver meu outro amigo, Marcos Ribas, assinando a direção de fotografia do filme e ver o quanto ele evoluiu desde que nos conhecemos.
Fotografar projetos como esse é sempre uma experiência muito bacana, pois costumo pensar que se torna uma ótima oportunidade para fotografar algo que não se tem oportunidade todos os dias. E, é claro que ver as fotos rodando por aí é sensacional, mas todo o aprendizado que se pode ter em um trabalho desse é ainda mais recompensador, ainda mais pra mim que sou fascinado pelos bastidores, por saber como as coisas funcionam, a construção da luz, os ângulos de câmera e, nesse caso, ver a magia do cinema em ação. E, posteriormente, no cinema, ver todas aquelas cenas picotadas, montadas de forma a contar toda a narrativa e ainda assim se surpreender com o resultado.
Outro fato bem bacana foi quando o Fabrício me pediu para fazer alguns retratos dos atores caracterizados. Então em uma das madrugadas (uma das que mais tinha sangue e foi escolhida a dedo por ele), montei um pequeno estúdio improvisado no Set de gravação e, entre uma cena e outra, cada ator que tinha um intervalo eu roubava uns minutos para fazer esse clicks, estes que se tornariam a base para o cartaz do filme e também usados nos materiais de divulgação.